Robô humanoide russo Aldol estreia em Moscou, tropeça e viraliza nas redes
- Helrys Balko
- 12 de nov.
- 2 min de leitura

O que era para ser um marco na corrida tecnológica global acabou se transformando em um episódio inesperado. O Aldol, primeiro robô humanoide russo com inteligência artificial incorporada, fez sua estreia em Moscou em um evento que prometia demonstrar o avanço da robótica no país — mas o resultado não saiu como planejado.
Assim que entrou no palco, ao som da trilha de “Rocky”, o robô perdeu o equilíbrio, tropeçou e caiu de rosto no chão, diante de uma plateia repleta de autoridades e jornalistas. O incidente rapidamente viralizou nas redes sociais, tornando-se um dos assuntos mais comentados na imprensa russa e internacional.
A tentativa de conter o constrangimento foi ainda mais desastrosa: funcionários correram para cobrir o robô com um pano preto, mas o tecido enroscou e acabou se tornando parte do espetáculo. Em poucos minutos, vídeos do momento se espalharam por plataformas como Telegram e X (antigo Twitter), gerando uma enxurrada de memes e comentários.
O Aldol havia sido apresentado como um marco tecnológico, com 19 servomotores, silicone facial para expressar emoções humanas e 77% de componentes nacionais, além de uma bateria de 48 volts e a promessa de andar, interagir e manipular objetos como uma pessoa. No entanto, a falha mostrou que o modelo ainda está distante de competir com robôs de empresas como Tesla, Figure, Apptronik e fabricantes chineses em fase de pré-produção.
A empresa responsável atribuiu o tombo a “problemas de calibração em fase de testes” e afirmou que o projeto segue em desenvolvimento. Apesar da explicação técnica, o caso se tornou símbolo de um desafio maior: o risco de lançar tecnologias ainda inacabadas em busca de prestígio nacional pode gerar o efeito contrário, especialmente quando há visibilidade global.
O episódio reacendeu o debate sobre os limites da inteligência artificial e da robótica moderna, destacando que, mesmo com avanços impressionantes, a autonomia e o equilíbrio físico de máquinas humanoides ainda representam grandes desafios para os engenheiros.






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